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Convivendo com um objeto
Um objeto pode relacionar-se de varias formas com seus usuarios, pode ser pela sua parte estética, pela sua funcionalidade ou, principalmente, pelo simbolismo que apresenta.
Cada pessoa vê determinado objeto a partir de fatos que lhe aconteceram ou de acordo com a sua forma de pensar e ver o mundo.
No meu caso, eu ainda tenho muitas coisas por causa dos seus valores sentimentais e por tudo o que representaram para mim. Se alguem for à minha casa e ver todas as bonecas que eu ainda guardo, vai se perguntar por que eu ainda tenho bonecas que ganhei ha 20 anos atras… mas se alguem me perguntar por que eu realmente guardo tudo aquilo vai ver que tem um significado pra mim, por mais que algumas (poucas) estejam feias e cheias de poeira, a maioria tem um significado muito maior do que a sua quantidade.
E eu acho que dessaa mesma forma que alguns objetos significam mais pra mim do que pra outras pessoas, todo e qualquer objeto pode adquirir um significado diferente a partir do momento em que é comprado/ganhado e da forma como é utilizado.
um exemplo interessante, pode ser a nossa velha conhecida cadeira…
qual a função (teoricamente) de uma cadeira?
sentar seria a resposta mais lógica certo???
mas imagine uma cena:
a lampada queimou!!
e agora o que faremos??
simples, alguem sobe na "cadeira de sentar" e troca a lampada!!!
a cadeira supostamente não foi feita para que alguem
suba nela pra trocar lampadas, porém
é de suma importância que na hora de ser
pensada, o tipo de situação acima seja previamente analisado.
as pessoas não se comportam com os objetos, somente
da maneira com que foram feitos para serem usados,
é da natureza do homem improvisar.
e o objeto (ou quem o faz), deve estar preparado
para atender essa "necessidade" que o homem tem de improvisar.
com a relação à cadeira… bom, eu costumo usa-la não só para trocar lampadas, mas também como cabide (e isso é bem constante), como apoio para pés, e as vezes ate como mesa…
e quem, quando era criança, não usava algumas cadeiras para fazer cabaninha??? ou pra fazer um apartamento pra barbie????
Utilidade do objeto e sua relação com a forma.
É muito comum a releitura de um objeto com um significado que não era o original. Desde chinelos usados como traves, mesas que viram estantes ou até cadeiras que são usados como cabides. Essa associação se deve à forma, tamanho, consistência, ou enfim, qualquer característica física do objeto, e não seus valores ou significados culturais.
Um exemplo que pude ver na prática há alguns dias, foi o uso de uma catraca de ônibus com outra função que não a de controlar a entrada de passageiros. O cobrador, ao notar o assalto iminente, desparafusou um dos tubos da catraca e o usou como um bastão. A nova função do objeto foi bem sucedida, pois o ladrão fugiu ao receber o primeiro golpe.
Neste caso, a forma ergonômica, o peso e tamanho do tubo sugeriram ao cobrador esse leitura. Achei este caso interessante, pois remete aos primeiros usos de objetos feitos pelo homem.
Realmente um objeto se adequa a determinadas situações e se torna útil da maneira que convir a quem o utiliza
As mais clássica relação que podemos estabelecer com uma plotrona seria de sentar. Porém navegando em algumas imagens no Google percebi que além de sentar um poltrona tem muito o que oferecer. Pode ser um símbolo de uma época, por exemplo a "Pastil Chair" que nos anos 60 representou o tal do consumismo e das coisas passageiras. A Poltrona Mole, um clássico nacional, proporciona um sentar "largado" e informal, uma relação de conforto e descanço. Alguns outros exemplares podem seguir por várias trilhas: um conceito único, materias diferentes, formas intrigantes, aparência nobre, valor, etc.
Aplicando a relação de 'poltrona/gente' no nosso dia a dia…
E mais, quem nunca dormiu numa poltrona, daquelas que reclinam e ficam duper confortáveis pra uma soneca? E como porta objetos, naqueles dias que você tá pouco organizado e sai largando as coisas por cima delas? Alguém mais consegue imaginar algo?
Sexo!
Podemos olhar o design também do ponto de vista da montagem de um movel, pois hoje, lojas como a TokStok, que vende moveis para serem montador em casa, e que apresentam varias formas de se montar o movel, deixando muitas vezes a criterio do cliente, quanto a estetica,praticidade ou facilidade em montar.
O objeto para ser adquirido pelo ser humano, tem um custo.Nós investimos um "custo" no objeto, e ele nos proporciona um benefício.
No design, em especial, é avaliado o benefício proporcionado pelo objeto, com ênfase.Estética, conforto, durabilidade.
Como exemplo, temos o automóvel.Com um valor mínimo podemos adquirir um carro "quadrado" e sem muitas funções.Com uma valor máximo, podemos adquirir um carro com um design "arrojadíssimo", mil e uma funções e até as mais fúteis.
A partir daí, cabe ao consumidor selecionar as funções necessárias, as práticas e as desejadas.Depois comparar o custo de cada uma ao seu benefício.O menor custo com o maior benefício, é a melhor opção.
Partindo do principio que cada objeto ja possui uma função pre-determinada, logicamente possui sua concepção subjetiva. Podemos imaginar uma nova função para um cortador de batatas, como por exemplo podendo ser usado como um cortador de cenoras ou beterrabas.Assim como, não podemos deixar de citar o design vernacular, que artesãos e pessoas leigas utilizam materias primas inusitadas para vender outros objetos. É possivel observar esse tipo de design em camelos, onde a função é o fundamental. Como no caso de vendedores ambulantes que utlizam uma certa ferramenta que fecha e abre rapidamente o expositor.
Outro exemplo que também pode ser dado é o banco do carro, que teoricamente foi projetado para carregar somente passageiros, no caso pessoas, mas quando há necessidade de levar moveis, animais, ou objetos grandes também é utilizado.Ou no caso ja citado pela Adelita, das roupas, e a moda, que com as mudanças de tendencias, se cortam calças para virarem bermudas, ou encurtam saias, enfim, como mandar a moda.
Acredito que relações funcionais e estéticas são as relações mais importantes no mundo do Design.
A funcionalidade do objeto talvez seja a maior preocupação do designer no momento da criação.
É fácil notar isso quando você define o significado de tal objeto.
ex.: o que é uma cadeira? uma cadeira é um objeto para a pessoa se sentar. Então na hora de criar uma cadeira, a primeira coisa que o designer deve ter em mente é que ela deve seguir a função sentar.
E assim com os demais objetos: Mochila, transportar; Caneta, escrever; Ventilador, ventilar; etc…
A função estética do objeto deveria ficar em segundo plano. A função estética é a consequÊncia da forma: objetos anotômicos podem ter boa estética por seguirem formas do corpo humano.
Concordo em parte, com relação à função do objeto.
Acho que não devemos definir de um modo abrangente uma ordem do que é mais importante para o projeto. Um projeto deve ser funcional, e ao mesmo tempo deve apresentar soluções ergonômicas, soluções estéticas bem resolvidas, como sustentabilidade, entre outros, tornando o projeto equilibrado.
Tornar a estética ou a ergonomia em conseqüência da funcionalidade pode gerar problemas. Deve haver uma preocupação a parte com a estética ou ergonomia, uma vez que produtos similares poderão disputar o mesmo cliente no mercado.
Porém é uma pena que o mercado cause um outro problema que ocorre quando há uma valorização da estética perante a função. Esse tipo de design "cretino" é aquele já citado pelo ilustre mestre Vargas (desenho mecânico): design de markteiro! É o que ocorre a meu ver, por exemplo, com carros e celulares. Exemplo: Lançaram o novo Ford Fiesta, que segundo o comercial possui "novo design".
O termo "novo design" utilizado no comercial refere-se mais a parte estética do automóvel do que a solução dos problemas funcionais que havia no modelo anterior, como por exemplo, o porta luvas extremamente profundo que dificulta a vida do motorista (que não consegue alcançar algo que esteja no fundo do mesmo), assim como o dispositivo de reclinação de bancos que é arcaico.
O mais interessante é que daqui a três ou quatro anos, a Ford lançará outro modelo do Fiesta e com certeza o modelo atual será considerado obsoleto, porque o termo "novo design" de certa forma mostra o quanto os designers foram incapazes na versão anterior. É algo que não apresenta uma solução definitiva justamente por causa do mercado, e a estética neste tipo de projeto tem grande importância.
O que é o belo? O que é o feio? Por que algumas pessoas classificam um objeto como belo e extraordinário enquanto outras pessoas o classificam demasiadamente como sendo feio, horrível e nefasto? Como uma obra de arte pode ser bela e feia ao mesmo tempo? Podemos definir o conceito de beleza, como Sócrates queria, deixando de lado o subjetivismo?
Essas perguntas exemplificam um tipo de relação ainda não citada, estabelecida entre o objeto e o sujeito, resultante de preceitos culturais e subjetivos desenvolvidos por parte do próprio sujeito. Esta relação é chamada de estética.
É fato que um objeto mantém inúmeras relações com o sujeito, uma vez que o mesmo pode nos ensinar a agir (como por exemplo, sentar ainda quando criança, no caso em uma cadeira), auxiliar nossa imaginação e criatividade (giz de cera, como por exemplo), incitar uma ação (chutar um bola) e confundir-nos perante sua forma. Porém devemos considerar que todos esses tipos de relações, antes de tudo, dependerão da subjetividade de cada pessoa. E essa mesma subjetividade também está presente quanto tratamos a respeito da estética.
Tomemos como exemplo:
Uma multinacional lança um modelo novo de automóvel, cujo qual é tomado como belo pela maior parte da sociedade (a minoria que acredita que o produto é feio, com certeza deve possuir valores subjetivos que justifiquem sua opinião referente). Três anos mais tarde, a mesma montadora relança o automóvel numa nova versão, dita esta de “novo design”. Então este novo automóvel passa a ser um novo parâmetro de belo para muitos, uma vez que a citação “novo design” induz a pensar que o modelo antigo é ultrapassado, desatualizado e feio, enquanto alguns ainda acreditarão que a versão anterior é mais bela.
Agora suponhamos que três anos mais tarde, a montadora relance o automóvel numa nova versão, cuja qual agrada esteticamente toda a população do país em qual é distribuído (como o Brasil, por exemplo). Perante o sucesso, a montadora resolve distribuir o automóvel em outro país (como o Vietnã), mas inexplicavelmente, o produto desagrada grande parte da população deste novo país.
O que explica está diferenciação de gostos? Preceitos culturais?
Outra questão que há muito tempo incomoda é: Existe o conceito de belo? É possível criar um objeto que seja belo por sua essência, que não dependa da opinião do sujeito? Isso seria utopia?
Com certeza podemos dizer que o belo e o feio não são eternos. Parece que o cotidiano tem forte influência sobre o belo, uma vez que o comum passa despercebido.
Comentem!
Imagens referentes a duas versões do automóvel Golf GTI, lançado pela Volkswagen.
Você levantou essas questões:
//"Outra questão que há muito tempo incomoda é: Existe o conceito de belo? É possível criar um objeto que seja belo por sua essência, que não dependa da opinião do sujeito? Isso seria utopia?
Com certeza podemos dizer que o belo e o feio não são eternos. Parece que o cotidiano tem forte influência sobre o belo, uma vez que o comum passa despercebido."//
Longe de querer respondê-las, queria apenas fazer alguns comentários.
Há quem defenda a beleza inata dos padrões da natureza. E sob esse respaldo aplique suas fórmulas (razão áurea, divina proporção, simetria) na formulação de objetos artificiais. Dessa forma, alegam que suas criações contém beleza em sua essência.
Acredito que essa visão ainda está ligada à criacionismos e uma visão deísta do mundo. O humano não nasce com um filtro definitivo de identificação de padrões de beleza, mas sim, o constrói socialmente. Abrindo uma amplitude enorme de possibilidades de se dizer o que é "O Belo". Exatamente por estar muito exposto aos padrões da natureza acaba guardando em seu arcabolço mais primitivo, suas formas. Formas que são reidentificadas com facilidade posteriormente, não causando nenhum desconforto ou desequilibração psicológica, pois não há novidade. Personificando esse processo psicológico, é como se o cérebro falasse: "Isso eu já conheço, não preciso de grande esforço para identificá-lo". Processo constante, que pela lei do menor esforço, tende a buscar sempre os antigos e mais comuns padrões.
Baseado nisso, pode se afirmar que um vietnamita, ou um brasileiro, veriam beleza em objetos criados com proporções da natureza. Pois ambos foram expostos à esses padrões desde o nascimento. Mas quando expostos à objetos específicos, marcados temporalmente e culturalmente como "Belo", a maior beleza que poderia haver seria o de exotismo. E a tentativa seria a de comparação desse novo objeto com outros já existentes em seu rol. Tal objeto estaria à sorte de ser comparados com outros já conhecidos, e parametrizados como belos, ou feios.
A sociologia já abandonou a idéia de padrões inatos de conduta há mais de um século, a exemplo, Emile Durkheim, que na obra Educação e Sociologia diz:
"A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios — sejam morais, religiosos, éticos ou de comportamento — que balizam a conduta do indivíduo num grupo. O homem, mais do que formador da sociedade, é um produto dela".
Portanto, penso que a beleza, mesmo que a natural, não mora em sua essência, mas sim na sua interpretação.